segunda-feira, 16 de novembro de 2009

COMPREENDENDO O PERDÃO DE DEUS
Palavra ministrada nas Células de 16 de Novembro À 22 de Novembro de 2009

(Texto: Lucas 7:36-50)

Jesus estava na casa de um fariseu, religioso, judeu ortodoxo, extremamente zeloso de sua tradição. Ele Se sentou à mesa para comer, quando uma prostituta entrou pela porta e se lançou aos Seus pés. Ela chorava, enxugava as lágrimas com os cabelos, beijava e ungia Seus pés com um perfume caríssimo. Segundo comentaristas, aquele frasco valia até 300 denários. Um denário era o salário de um dia de trabalho. Se atualizarmos esse valor, tomando como base o salário mínimo, o valor do frasco ficaria em torno de R$ 4.650,00. E, ao que tudo indica, produto da prostituição!

Jesus não a condenou, pelo contrário, honrou sua atitude diante de todos. Quem a condenou foi o fariseu, pois não admitia que Jesus, sendo profeta, pudesse aceitar tal expressão de uma mulher pecadora.

O que distinguia o fariseu e tal mulher não era a posição, mas a compreensão espiritual que possuíam, o que determinava posturas diferentes. A mulher alcançou uma compreensão muito acima da do fariseu. Ela reconheceu que Jesus era o Messias, Salvador, e que só Ele podia perdoar pecados. Por sua vez, o fariseu O considerava apenas um profeta (v.39), não O reconhecia como Salvador. Aquele homem, cegado pela religiosidade, não admitia o seu pecado, estava cheio de justiça própria!

Enquanto a mulher foi escandalosa na expressão de sua adoração, o fariseu foi frio, seco, sem vibração! Jesus lhe chamou a atenção dizendo: “Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento” (Lucas 7:44-46).

Jesus explicou ao fariseu o que estava acontecendo contando uma parábola: “Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?” (Lucas 7:41-42). A mulher expressou a compreensão do valor do perdão que recebera por conseguir enxergar o tamanho do seu pecado! Ela foi a Jesus na perspectiva correta, certa de que seria perdoada, por isso derramou o perfume.

Aquele ato não foi um pagamento pelo perdão, como alguns interpretam, porquanto Jesus disse: “Perdoados estão os teus pecados... A tua fé te salvou; vai-te em paz” (vs. 48, 50). Ela foi perdoada pela fé, e, como conseqüência, manifestou amor e gratidão.

É fácil notar quem entendeu o perdão de Deus. Está na forma como se relaciona com Jesus. Se é frio e indiferente, assemelha-se ao fariseu, apenas religioso, não compreendeu a gravidade do seu pecado. Mas se é vibrante, cheio de gratidão, adorador, constante, quebrantado e humilde, é porque conseguiu visualizar o tamanho da obra sobrenatural de Jesus em lhe perdoar! Foi por isso que Jesus disse: “Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama” (Lucas 7:47).

Pela lógica humana Jesus deveria elogiar o fariseu e condenar a prostituta, mas fez o contrário, usou a prostituta como exemplo para ensinar o religioso. O que determina o impacto pelo perdão que recebemos não é o tamanho do nosso pecado, visto que todos têm o mesmo peso, mas o quanto somos convencidos da gravidade dele!

O fato de aquela mulher ser prostituta não a tornava mais pecadora do que o fariseu. A diferença foi sua profunda convicção de pecado e a consciência de que só nEle há salvação.

Jesus veio para perdoar: “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3:17). À semelhança daquela mulher, a única coisa que precisamos fazer é correr para Ele.

Jesus não espera de nós atitude religiosa, mas coração humilde para reconhecer a gravidade do pecado. Toda a adoração, devoção ou expressão de culto, devem ser resultados dessa revelação. Quem muito enxerga seu pecado, muito enxerga o perdão; quem muito enxerga o perdão, muito ama a Deus; quem muito ama, muito se expressa em obediência e gratidão.

Faça esta oração:

Pai, eu sei que só o Senhor pode perdoar pecados. Reconheço que não tenho justiça em mim mesmo, e também estou convencido de que o meu pecado é muito grave. Sei que a única saída para mim é o Teu perdão, do contrário estou perdido. Por isso, como aquela mulher, venho a Ti hoje para expressar minha gratidão, pois reconheço que o que fizeste por mim foi muito grande. Eu confesso o meu pecado e recebo o Teu perdão. Quero que a minha vida seja uma constante expressão desse reconhecimento. Obrigado por me perdoar. Em nome de Jesus, amém!

Que Deus te abençoe tremendamente,
(Fonte: Apóstolo Edson - www.pibblumenau.com.br)


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